Nestas triunfais vertentes absurdas,
Onde outrora vozes mudas,
Pregaram ao vento suas dores,
Aporto no cais da incerteza,
Sob o céu de matizes sangrentas,
Onde os héróis ensandecidos,
Pereceram em seus asilos fatigantes.
Entre os espinhos da insensatez,
Segue o animal em seus enredos,
Fera Humana indômita,
A devorar a sua cria sem piedade.
Ás cegas correm as bestas-feras,
Famintas pragas da razão,
Vociferando infâmias tempestuosas.
Abrem-se as fendas do universo,
Onde os anjos humanóides dançam,
Abrindo suas asas disformes,
Exibindo o abismo de suas adorações.
Em suas estradas confusas,
De direções surdas,
Orienta-se a turba infestada de vermes,
Onde a alma em suas discordâncias,
Se prostitui em seus prazeres medonhos.
Tantas letras em dizeres mortificados,
Cravados nos corações arredios,
Em seus porões petrificados pelo tempo,
Tomados pelo lodo do silêncio,
Contrapartidas dos pesadelos e dos sonhos,
Gotas de personalidades indivisíveis.

 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 28/03/2016
Reeditado em 28/03/2016
Código do texto: T5587406
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.