Os calos

Ah os calos da minha mente!

Depois de um dia de trabalho árduo

Enquanto a folha em branco é preenchida

Os calos crescem nessa mente sacudida

Nada contra os calos das mãos

Eles têm a sua beleza

Mas os que amo mesmo são os calos da mente

Pra mim, nada tem a sua sutileza

Aqueles que crescem, doem, latejam e sagram

Enquanto a folha outrora branca

Tem agora as cicatrizes,

As marcas e os traços

De uma mente sacudida

Ah os calos da minha mente!

Crescem, doem, latejam e sangram

Depois de um dia de trabalho árduo

Papel, caneta ou lápis

E lá estão os belos calos!