DE TANTO AMAR

De tanto amar, o nobre poeta,

não percebe o que lhe cerca.

Tem na alma tal encanto,

que é sempre em acalanto

que sente as dores do mundo.

Mundo. Esse eterno vagabundo,

sem lar, lançado ao espaço profundo.

De tanto amar o poeta,

só não vê o que lhe cerca.

Se preocupa com todos,

mas de si não se preocupa.

Sente e chora pela desgraça alheia,

enquanto outros falam de amor,

o pobre poeta fala da dor.

Da falta de sangue nas veias.

De Tiranos corrompidos,

das promessas de bandidos.

Desse Mundo sem sentido,

pobre poeta, sempre será esquecido.

NELSON TAVARES

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 21/01/2016
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