Aos meus irmãos consanguíneos.

Rio, 15. 01. 2015.

Aos meus irmãos consaguíneos

Aos meus irmãos

Consanguíneos

Dedico esses versos

Na sincera intenção

De lhes declarar meu amor.

Não sei se alguns de vocês

Já pararam para refletir

Que inicialmente o destino

Não foi a nosso favor.

Fui separado de alguns

De vocês já nascidos

E outros ainda por nascer,

Alguns encontrei já crescidos

E outros  me foi permitido que

acompanhassem fases do meu crescer.

Os que me foram presentes

Na infância, esses tantas vezes

Me ajudaram a levantar,

Principalmente nas

Fases em que mesmo já

Se sabendo andar

A gente desequilibra e cai,

Fizeram também as vezes

De mãe e de pai.

Os que encontrei depois

Da fase de menino,

Mas não ainda homem crescido,

Esses foram um capítulo a parte.

Demorou um pouco

Até quebrar o gelo,

Parecia que me olhava no espelho,

quanto ao formato

Do rosto e dos cabelos.

Não devo ter lhes parecido

Fraterno de início,

Era rebelde e ferino,

Lamento se não fui a

Princípio um bom irmão.

Mas creio que o destino

Com esse encontro se propôs

A consertar a sua

Inicial ingratidão.

Hoje sinto na veia o meu sangue

Correr e  não só no

Meu corpo,  mas também

No de vocês e nos dos

Meus sobrinhos queridos,

Mas até que irmãos consanguíneos

Hoje nós somos amigos.

E já não culpo o Destino

Por lá no início não nos

Ter sido a favor.

Apenas lhes dedico esses

Versos na sincera intenção

De lhes declarar meu amor.

Clayton Marcio.