Poética

É por causa de si, revela-se o momento

E o teu veículo é Psi, do meu afeto e alento

Tua substância não existe; e te chamo de alma,

Forma não concebida que destoa esta calma.

Por ora, não somente agora, esse limite

O meu breve momento, e a quem que acredite,

Estou profundamente tocado ao amor

Que não sei mais dizer, e, não há maior valor.

Então, qual é o porquê do sonho, e ser tal fuga?

O outrem a te possuir, ou que te breve aluga,

A maçã ser mordida, a rosa que te fura,

A morte que revive um bom ser de um Asura.