Marias da penha
A lua já apareceu
Aí se esconde o meu apelo
Pode ser outra noite
Mais é o mesmo pesadelo
Por me casar com um homem embriagado
Vejo nos olhos o julgamento
Mais se nunca bebia ao meu lado
Quem podia prever esse comportamento
Pela culpa de ter casado
Minha sentença foi cárcere privado
Nessa noite esperando a luz do sol
Limpado as feridas da ditadura
Sempre sonhando como seria
Como seria uma noite sem tortura
Na TV vejo casos iguais ao meu
Mulheres que com a vida perderam o seu tormento
As vezes reso para que ele me mate logo
Terminando com as noites de sofrimento
Na parede da sala uma espingarda
Mais não consigo nunca me decidir
Espero ele chegar e acabo tudo?
Seria fácil? Apertar e me explodir
Mais mata-lo não vai tirar minha dor
Só sobrando assim uma opção
Gosto de ferro gelado em minha boca
Finalmente estou livre dessa prisão