Marias da penha

A lua já apareceu

Aí se esconde o meu apelo

Pode ser outra noite

Mais é o mesmo pesadelo

Por me casar com um homem embriagado

Vejo nos olhos o julgamento

Mais se nunca bebia ao meu lado

Quem podia prever esse comportamento

Pela culpa de ter casado

Minha sentença foi cárcere privado

Nessa noite esperando a luz do sol

Limpado as feridas da ditadura

Sempre sonhando como seria

Como seria uma noite sem tortura

Na TV vejo casos iguais ao meu

Mulheres que com a vida perderam o seu tormento

As vezes reso para que ele me mate logo

Terminando com as noites de sofrimento

Na parede da sala uma espingarda

Mais não consigo nunca me decidir

Espero ele chegar e acabo tudo?

Seria fácil? Apertar e me explodir

Mais mata-lo não vai tirar minha dor

Só sobrando assim uma opção

Gosto de ferro gelado em minha boca

Finalmente estou livre dessa prisão

Clédison Santos
Enviado por Clédison Santos em 01/01/2016
Código do texto: T5497179
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