A sereia no mar de icebergs

Rio, 08. 12. 2015.

A seria no mar de icebergs.

É preciso, sereia,  que saibas

Desde já que vivo a navegar

Nas mais bravas tempestades...

Você que me avista do

Seu mar de icebergs não sabe

Da missa nem a metade.

Tu possuis muitos mistérios

Nesses teus olhos de fotografia,

Eu sou só um ser nenhum crédito,

Um fantoche da poesia.

Tu és sereia e tens os lábios tão

Perfeitos que feito pétalas

De rosas a todos seduz,

No amar dos teus olhos

Apesar dos icebergs não há

Quem não perceba a intensa luz.

Não se intrigue e nem se

Sinta provoca pela minha

insignificante presença,

Sou muito menos impactante

E presunçoso do que você pensa.

Sou pescador inofensivo,

Não quero jogar meu anzol

No seu mar para te fisgar e

Te encarcerar  nos meus

Castelos de areia.

Quero ouvir livre ecoar no

Horizonte teu canto

dissonante de sereia.  

Quero ver os Icebergs

Derretidos e teu mar retilíneo.

Eu vou achar terra a vista

No meu mar bravio,

Quero te ver feliz indo ao

Encontro do teu navio.

Clayton Marcio.