CANTEIRO DE AMOR
Pela fresta da minha janela,
Timido, um raio de luz se insinua,
Flagra-me, assim, semi- nua!
Totalmente desprevenida,
E, de tristeza despida!
Abro a janela, por inteiro.
Afasto a leve cortina amarela...
Deixo que o sol invada
Meu canteiro de amor,
Retalhos de lembranças e saudade!
E nesta manhã de julho,com certeza
O sol não encontrará na cidade
Canteiro de amor mais florido,
Nem amor mais bonito...
Neste jardim, não há tristeza!
Meu canteiro de amor é regado
Com água pura de lindas lembranças
Que nasce, na fonte, de um feliz passado!