Eu, não!
Não consigo mais escrever poesia.
Nem aquelas que se faz de todo jeito!
Apenas rimando palavras sem maestria.
E por isso, me sinto um tanto insatisfeito.
Me perco em algumas redondilhas,
Maior ou menor, a depender do humor.
São tantas certeiras armadilhas,
Que é melhor logo rimar amor e amor.
E fujo, me escondo. Pra assim, evitar,
O desgaste de dizer o mesmo de outra maneira.
Mas ainda que eu tente e queira me ausentar,
A poesia, sim, é minha companheira.
Sabe, me deparo, sem querer e notar,
Que apesar de afirmar não conseguir,
Aqui estou novamente a me achar,
Em versos que pensei em não mais esculpir.