coisas e coisas

as coisas botam o dedo na sua cara

lhe fustigam de dureza e inertêz

doutor e gente comum

consomem grandiloquente

o cotidiano,

compram aparelhos de gravar

e guardar exuberância.

coruja buraqueira vê buraco velho

e faz chão pra morar

as coisas não compram tempo,

inventam

depois pedem pra parar

é duro tanto ter que caminhar

e fazer mais do que vadiar

Fernão Bertã
Enviado por Fernão Bertã em 04/08/2015
Código do texto: T5334364
Classificação de conteúdo: seguro