Estéril

Perdura o tempo infértil

E o meu zelo não é nada.

Por todo lado há sombras melancólicas,

Sobras de ontem...

À noite é quando menos atino,

Transcorro sem graça,

Sem chão, sem destreza.

Fio-me em palavras,

Mas não correspondem,

Não há folhas verdes,

Nem mistérios a serem desvendados.

Perdura o tempo estéril,

Sem nunca amanhecer,

Já não sei explicar.

Não colho o que plantei...

Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 02/08/2015
Código do texto: T5332342
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