FLOR

Na linha onde passeia a sombra,

Co-irmã da luz,

Brota uma flor

Uma flor do nada,

Uma flor...

Mas basta

Porque sem folhas

Nem pétalas,

Sequer caule

É uma flor

Uma flor do nada

Que se sabe flor pelo caminhar desajeitado dos dedos.

E no caminhar julga-se brilho o que é essência

Máscara de perfume...

Por isso

Quando de tempos em tempos morre a luz

Beija a flor a sombra

Na ausência do corpo

O anseio de ser ela, penumbra,

Contorno breve de onda

No caos

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 14/07/2015
Código do texto: T5310750
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