"Infância"

Recordo a infância

tempo sem ganância

na roça trabalhando

e a chuva molhando.

Lembro o rio cheio

e eu pelo meio

observando da ponte

o belo horizonte.

Pisando na lama

por prazer sem fama

e chegar maneiro

ao grande atoleiro.

Plantar o feijão

no molhado chão

o milho chegava

a enramar a fava.

Da nuvem bem turva

os banhos de chuva

não tinha barreira

água da goteira.

Das noites de frio

lembro-me do brio

o lençol bem grosso

era o meu colosso.

Tempo framaterno

era o inverno

bem regular

a terra a molhar.

Manoel Joaquim da Silva
Enviado por Manoel Joaquim da Silva em 05/07/2015
Reeditado em 17/12/2023
Código do texto: T5300068
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