Doce saudade

A tua manhã

na minha manhã nascia

quando o sol,

espraiando teu horizonte,

servia à lua

os primeiros raios

num tom leve de rosa...

Havia delicadeza em teu olhar;

era o canto que só minha alma ouvia,

um doce suspiro

no final da madrugada...

Veio o dia, a tarde

e a noite, enfim

e lá se foi a ilusão...

ficou sem luz o meu jardim

que com mil rosas

te esperava...

O tempo,

o mais cruel de todos os algozes,

trazendo a estrela,

carregou a luz

deixando, por entre os sonhos

das minhas mãos que te buscavam,

a escuridão da saudade...

Levou-te e jamais voltou

trazendo o riso

daquelas manhãs ensolaradas,

em dias leves,

nas brumas de açucar

que de nós se fartava.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 23/06/2015
Código do texto: T5287264
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