Doce saudade
A tua manhã
na minha manhã nascia
quando o sol,
espraiando teu horizonte,
servia à lua
os primeiros raios
num tom leve de rosa...
Havia delicadeza em teu olhar;
era o canto que só minha alma ouvia,
um doce suspiro
no final da madrugada...
Veio o dia, a tarde
e a noite, enfim
e lá se foi a ilusão...
ficou sem luz o meu jardim
que com mil rosas
te esperava...
O tempo,
o mais cruel de todos os algozes,
trazendo a estrela,
carregou a luz
deixando, por entre os sonhos
das minhas mãos que te buscavam,
a escuridão da saudade...
Levou-te e jamais voltou
trazendo o riso
daquelas manhãs ensolaradas,
em dias leves,
nas brumas de açucar
que de nós se fartava.