PAIXÃO

Quisera fazer do inverno

a ponte entre o amor e o poetar.

E viver fervente noites de loucuras

Na ponta do lápis

ou no martelar dos teclados.

E em versos sentir-se sua

Entre rendas ou nua

Mas mesmo que frio

Pedir sua colaboração

Apagar o vulcão do corpo

E fundar - se em uma alma

Então na languidez do após

Jurar a si “mesmo” que o ápice

Precisa ser eternizado

na música ou no poema versado.