NOITES EM BRANCO
Será que um dia voltas,
Alguém responde ao meu silêncio,
Será que a saudade tu notas,
Ou isso pouco te importa,
Se sinto calor ou se morro com frio!?
Quantas noites precisam ser
gemidas para voltares,
Quantas lágrimas caídas ao solo,
Para saberes que preciso do teu colo!?
Quantas noites em branco,
Quantos amanhecer sem crepúsculos,
Nem sei se sinto o pulsar dos meus músculos,
Estou ao léu, sinto-me minusculo(a),
Perdido na constelação de zeta,
Abandonado(a) à sorte, como um mero poeta
Acarretando a cruz até gólgota,
Sem chaves para abrir esta porta
Dos ventos tão frios e amores diluídos,
Com febres, em desespero
Multiplicado o esforço à zero
Das vontades e desejos caídos
Quanto suor perdido, esgotado
Em anseios não paridos
Sem cor ou som para se encantar,
Num céu esquecido e sem luar
Olhos não desenham a tua imagem
Sonhos não surgem e quando surgem,
Passam tão rápido, são apenas miragem(ns),
É tudo vulto, aragem
Em caducas folhas de Outono,
O silêncio não atenua o pensar
As horas passam e a ilusão não sente sono
Surgem vozes entre os ecos,
Aflita alma perdida em becos,
Sons sussurrantes e secos
Envergonhada noite de espera
Tão deserta, como o sahara do sentir,
Razão chora e a ilusão não quer surgir,
Nem tão pouco ao brilho do luar,
Nem na sombra do teu ser
Apenas uma nuvem do escurecer
Deixando a noite em branco
4/06/2015
(Merlin Magiko)
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Thanks poetisa HLuna
ABANDONO
Te foste, te foste de mim,
deixando um enorme
"spleen"
que toma todo o meu ser...
O que pode acontecer?
Eu não sei, mas sinto frio,
o vento me traz arrepios,
e a saudade na verdade,
é causa de grande aflição.
Já não bate o coração
com força, alegre, no peito,
pois está vazio o leito,/tão cruel desilusão.
Perdido, abandonado,
eu sou um pobre coitado,
que anda a pagar seus pecados,
porém não encontra perdão.