Naufrágio(EC)
A fúria da noite o deixa desvairado...
O barco soçobra ante a tempestade.
E ali, afogando-se o pobre coitado,
Ainda deseja ver a "tal felicidade"!
Ao embarcar nessa louca aventura
Não mediu esforços nem pediu ajuda
Agora, entre vômitos e tontura
Está rogando aos céus que o acuda!
Mas longe está a terra e em alto mar
Só resta se deitar e aguardar a morte...
Deveria ter calculado e não arriscar
Em rotas planejadas é melhor a sorte...
Quebrou-se a embarcação e foi tragado!
Afundou em lágrimas do imenso e azul sal!
Agora por um fio está a vida ligado...
Que acontecerá com tanto amor? Só mal?
Ah quimeras de vida se afogando...
Um náufrago enquanto nada, vida retém!
Pensando nos amores...Vai nadando!
E bóia...Dá braçadas!Não se detém!
Nadou,nadou, nadou... Na escuridão da noite...
Morreu em dores de mais um maio na praia!
Enfrentou em vão meses e tantos açoites...
E amanhece em praia deserta e solitária.
Caminha resoluto e fixa em sal seus olhos...
Os desertos da solitária ilha renegando!
Acorda em junho...Ó céus! Sonhos de abrolhos!
Ainda há vida...E novos planos recomeçando!
Um vídeo se desejar! Siga o link!
SONHOS
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Nadou, Nadou e Morreu na Praia
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