DARK

Sinto na brisa o mau presságio

Um vento sombrio

A alma chora a solidão do agora

Caminha entre areia movediça

Estou fora da órbita lunar

Num enfurecido a(mar)

Quão salgadas são as minhas lágrimas

Quão desprezíveis são as rimas

Vejo um horizonte distante

Os dias estão confuso(s),

Nem sinto o bafejar da sorte

Alguém ajude, perdi o fuso

O vento sopra de modo contrário

A brisa abraça o meu silencio

O tempo corre no sentido anti-horário

O sentir não me é obsequio

Sinto a imagem no frio

Quanto mais ando, mas longe ficam as pegadas

Não florescem os sonhos, mal gemem as madrugadas

O tempo julga os meus atos,

Ecos tocam as notas dos prantos,

Ventos sussurram lamentações

Espelhos quebrados embaciadas visões

Só dark and deep

E quando chega a noite,

I don´t sleep,

Sinto a maresia das minhas frustrações

Oceano profundo, ondas em convulsões

Efémera brisa, na noite sem pôr do sol

29/05/2015

(Merlin Magiko)

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Obrigado poetisa HLuna por esta linda interação

SEM NORTE

Perdido no espaço profundo,

me sinto um estranho no mundo,

assustado me ponho a chorar.

A sorte fugiu, é distante,

somente a tristeza constante,

vive a me acompanhar.

Na estrada não vejo as pegadas.

Depressa o vento as apaga.