O SILENCIO DO MEU AMOR
O meu amor nasceu, em silencio,
sem um sinal, sequer...
Meu olhar perdia-se, no infinito,
deslumbrado...
As minhas mãos, paradas,
agarrando-se ao nada...
Meus pés, andavam caminhos
pisando de leve
Como se andasse de mansinho
entre jardins de estrelas,
Minha cabeça mergulha
em mil fantasias
Meu corpo parece
que nas nuvens, flutua...
E minha alma se enebria
de sonhos e ilusões
A minha vida em círculos
gravitava
Perdida, em insonias,
mas, eu me achava...
O tempo, nada dizia,
parece que parava.
O meu coração,
ao ver-te, descompassava.
E assim, em silencio,
meu amor foi crescendo
profundo, intenso, imenso
meu amor permanece, em silencio...
Simplesmente, porque,
acredita, podes crer...
este amor por ti, em mim, é, eterno....
(Escrito, no dia 5 de agosto,"Dia de Nossa Senhora das Neves", de 1970, e só hoje, publico, depois de 45 anos)