A caneta e O papel
A caneta se ajeita na mão
procurando a melhor posição para dizer algo
Seu dizer está liberto nas tintas e nos movimentos
que a mão a faz fazer sobre a folha
A caneta dança sobre o papel
deixando inúmeras mensagens a cada passo
A caneta, amiga melhor desta mão
Salta de espaços a espaços e desliza suavemente neste salão que chamam de folha
A folha que é folha está na árvore,
veio da árvore e se chama papel.
Tratado e distratado
perdido em meio a mutidão
papel só quer ser pista de dança
Pois sem dança ele não vive, não será único,
não terá eternizado as muitas coreografias.
Em tantas coreografias que se espalham por entre os espaços
A bailarina e sua pista de dança vivem seu amor eterno
Suas pegadas tintam marcas que como estas jamais existirão
Passos percorrem espaços deixando marcas pelo chão
Coisa tal minha filosofia não explicaria
Paixão esta que se via
entre a bailarina guiada pela mão se amando em escritos nesse chão.