CAÇA URBANA

CAÇA URBANA

Carência maldita da minha carne firme,

Minha carne pulsa e caça a vitima,

Como a hiena que cansou de restos,

Percorro sorrateiramente as ruas,

Olho nos olhos pelos sinais de sede,

A presa tem pressa de ser alimento,

Sustentar a minha carne com a dela.

O nome nessa altura perdeu a razão,

A coerência é um jogo de sobrevivência,

Não importa como acabara o jogo,

Hiena ou vitima, leão ou lombriga,

Todos têm o seu papel montado aqui,

Basta um olhar mais penetrante,

Hiena deixa de ser lixeira e vira caçadora,

Abate e alimenta-se e deixa a cena.

Na encruzilhada deixa sua roupa,

Não houve troca de telefones e nomes,

Foi tudo rápido como o minuto final,

No arrependimento da carne há as asas,

A dor de ter sido mais um sem historia,

Apenas um perdido na savana urbana,

Caçando e sendo caçado, presa e predador,

Na noite todos os gatos são pardos

E o anjo pede perdão do ato solitário.

André Zanarella 26-05-2014

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 17/04/2015
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