de tempos em tempos

de tempos em tempos,

morro nessas linhas -

desovo meus lamentos

e todas angústias minhas.

os incômodos, documento,

com bem frívolo linguajar

pra afastar os tormentos

e, assim, me reinventar.

a cada estrófe fragmentos

se esfarelam, em decadência;

sentir dor é suplemento

pra quem vive com urgência.

não são bem-vindos os lentos,

que vivem esmolando abrigo –

sempre com olhos atentos

mas nunca entendem o que digo.

a angústia é meu alimento,

e isso aqui é grito de socorro;

relato inquietantes momentos,

detenho estrondoso esporro.

Marcio Evair
Enviado por Marcio Evair em 14/04/2015
Código do texto: T5207347
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