nos olhos dele avistei poesia
nos olhos dele avistei poesia –
meu muso, que chamo de amor;
converteu costumeiro torpor
em constante e suave extasia.
era tenaz, disciplinada, a agonia -
no peito bem instalada, feito tumor.
disseminava consistente ardor;
se alastrava, obediente e doentia.
hoje pincelamos uma nova utopia
com chuva de cores e doce fervor.
se prevê angústia, um outro clamor,
chega ele, meu amor, e me recria.