SONETO CARENTE #

Dá-me tuas mãos e os mil pergaminhos
Nos quais nossas vidas eu descrevi:
Um fato após outro, rosas, espinhos,
Inclusas dores que vieram de ti

Ciclos de enlevo, todos os carinhos
Prodigalizados, que eu bem vivi
Eis que ora perfilam em desalinhos
Com hodiernos anseios, percebi!

Pelo tanto que dei, ora não pulsa
Meu coração. Suplanta a vil repulsa
Posto nunca explicado o abandono.

Não me queres, tampouco sou teu dono.
Hoje, de carícias andas avara...
Não ergues mão, nem te ofereço a cara.



# SONETO CARENTE de revisão gramatical e quanto à contagem de sílabas métricas. Foi rascunhado há dois anos e publicado em estado virginal. 
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 31/03/2015
Reeditado em 13/10/2015
Código do texto: T5189514
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