O céu parece azul
 Autor: João Geraldo Orzenn Mattozo
(pseudônimo: Aprendiz Parnanguara)
 
Em meio a uma prece,
Perguntou-me uma criança,
Como quem um desafio lança,
O céu é azul ou só parece?
 
São diferentes nossas manhãs,
Cada uma tem cor distinta,
Depende como cada ser as pinta,
Assim controlo minhas manhas,
 
Vês azul, ciência de Deus nos céus,
Um anil que qualquer ser remansa,
 Passeia lá branca nuvem densa,
O que vês está sobre crentes e ateus.
 
A cor é ilusória, sim, mero detalhe,
Traz ela ao coração certo alento,
Mas o gris, o preto, certo tormento,
Reine a alegria e o homem trabalhe,
 
Pintura de artista, cores de estímulo,
Terra, mar e céu em Deus se encontram,
Suas almas à nova vida se aprontam,
Repousará o frágil corpo no túmulo!
  
Esta vida devagar se tece,
O pescador ao mar se lança,
Sem tormentas, a calma avança,
Ao profundo azul sua rede desce!
 
Uma flor azul o ser enobrece,
Outras cores dão o tom da esperança,
A perfeição do casal em dança,
O belo neste mundo envelhece!
 
Naquela linha o céu toca o oceano,
Pelo artífice foi tudo colorido,
O belo em tudo, assim inserido,
Todo final poderia ser em ciano!
 
A vaga o barco sacode,
O pescador tarrafeando,
Ao trabalho se entregando,
O pensamento vai aonde pode!
 
O céu aviva-se, se enrubece,
Cintilam luzes, o céu se orna,
A ordem das coisas é norma,
O menino a Deus agradece!

 
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 27/03/2015
Reeditado em 27/03/2015
Código do texto: T5185044
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