SONHO

Naquela noite subi o tom,

em meus pensamentos havia um barulhinho bom.

Entoavas-me com soneto feminil,

suavizando os sentidos, mas deixando o peito febril.

Retrocedia-me ao tempo de criança,

trazendo paz, total liberdade e confiança.

Ludicamente fez-me dançar,

transpondo o tempo, fomos tudo e todo o lugar.

Nada havia lá fora,

toda vida era aqui, eu você e o agora.

Não dependia de nenhum sentido,

tu eras meus olhos, mãos, boca, nariz e ouvidos.

Ah, aquela noite... você foi minha cura,

felicidade, sorriso e prazer, foi a dama que me depura.

Com volúpia foste-me marcante,

em tal singeleza, construíste meu mundo n’um só instante.

Kelver Orozimbo

05/04/2013

Kelver
Enviado por Kelver em 19/03/2015
Reeditado em 25/07/2015
Código do texto: T5175510
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