Moças do Bordel

Cativam em suas loucuras, seus cheiros, seus jeitos

Sinto em cada olhar traiçoeiro um amor reprimido

Uma luva calçando sua aparência real

Despindo seus dias, suas horas, seus minutos

Em troca de algumas notas e de muitas promessas

Seria vivo se me conformasse com os sorrisos prisioneiros

Mas não entendo os motivos do destino

Que separam as joias raras e as entregam para pobres miseráveis

Lobos carnívoros e desonrados que se esquecem dos princípios

Colocando preço em suas princesas, pecadoras sorridentes

Anjos caídos, com o mesmo brilho de quando estavam em pé

Os algozes, endinheirados ou endividados, fazem o sinal da cruz

e, por fim, concluem o seu pecado.

Olávio Mareli

P.S. Esse poema está contido dentro de um romance cujo principal personagem é Olávio Mareli. O livro ainda não está concluído, estou trabalhando nele a quase três anos, nos poucos espaços de tempo que encontro para escrever. Espero conclui-lo em breve, dando vida e biografia a um pseudônimo que me acompanha há quase dez anos e para mim é tão real como qualquer amigo.

Renato W Lima
Enviado por Renato W Lima em 16/03/2015
Código do texto: T5172341
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