o poeta escancara sua casca
o poeta escancara sua casca,
exibe seu avesso mesquinho.
lá, robusta dor se alastra;
há chuva de farpas e espinho.
dos disfarces, ele se afasta,
causando amplo redemoinho;
com tanto passado nas costas,
faz, do incômodo, seu ninho.
perdeu, o poeta, a aposta,
e agora perambula sozinho -
segue deixando a mostra
seus fracassos pelo caminho.