DE VOLTA A TERRA SÊCA
I
Hoje, para variar a paisagem, deixei de lado
Praia, areia, mar e cidade, agora recolhida
Estou, entre Serras e imensidão de terra seca!
II
Voltei, as origens, antes que a memoria esqueça,
Que, as lembranças de uma infância distante
Naveguem, sem bussula, pelo meu passado.
E, que de vez em quando, a cada instante,
De mim, e da minha rotina, fiquem mais longe.
Porem, são pedaços, momentos da minha vida,
Que desejo e quero deixar aqui, por escrito,
Para que meu tempo, não se faça perdido.
III
Agora, olho este céu, sem uma nuvem sequer.
Vejo no ar, a poeira fina do caminho, da estrada.
A pele ardendo, o suor escorrendo, o corpo queima.
E, o sol apino, minha face entristecida, beija
Deixando em brasas, este, ainda, coração amante.
IV
Assim, como das palmas do Mandacarú, brotam flores
Seus espinhos, não mais, me causam, dores!
E, nesta rede branca, no alpendre, armada,
Que o vento do oeste, sempre embala,
Digo, sem sofrer e de alma leve, tenho certeza,
De que, esta perseverante e teimosa sertaneja,
Nunca, a coragem de lutar pelos seus sonhos, perca!
( No sertão da minha da minha Paraiba, durante o carnaval desse,2015)