FREVO DE PROGRAMA
Retiram sua poeira
Tascam-lhe uma maquiagem pesada
Um perfume vagabundo
Que o abandona facilmente
Com os suores da madrugada
E jogam-lhe na rua
Nossa Majestade: O Frevo!
A subir e descer ladeiras
Perdendo-se entre os casarões
Mercadoria barata
Resto de fim de feira
A alegrar os foliões
Enquanto as guitarras
Desfilam nos palcos principais
Às últimas horas da terça-feira
É queimado das paradas de sucesso
Seus acordes amordaçados
Presos em cativeiro
Novamente sucateado
Submerso entre as cinzas
Até o próximo fevereiro!