AGONIAS DE UMA COLOMBINA

E a Colombina tão triste

Dança no Bloco da ilusão

É tanta fantasia

Porres de agonia

Que o bloco segue

O Pierrô estende-lhe a mão

E a Colombina chove

Alaga de dor a multidão

O desespero a persegue

Ensurdecendo a melodia

Não há mais frevo,

Não há mais sonhos

Desbota-se a maquiagem

Murcha o vestido novo

E Ela...

Perdida no avesso do povo

Transborda em solidão.