HARMONIA SUPREMA

Eu te amo! Eu te ano! Eu te amo! Irrompa finalmente

Do meu lábio covarde, alto, numa explosão

Fatal, de uma só vez, este segredo ardente,

Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! Ó Verbo onipotente

Que se fez carne! Ó doce e horrível Confissão!

Asa que vem do Azul varrendo a Noite em frente,

Aleluia eternal, suprema Redenção!

Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! Ó que aurora irradia

Desta frase ideal que ando cantar, à toa...

Silêncio! Versos meus... parai vossa Harmonia!

Basta! A voz deste Amor que me enleva e me aterra!

Do meu Corpo à minha Alma, indômita, revoa

Como um raio de sol que prende o Céu à Terra!

1903.

DR. EGAS MONIZ BARRETO DE ARAGÃO (PÉTHION DE VILLAR)
Enviado por Francisco Atila Moniz de Aragão em 02/02/2015
Reeditado em 02/02/2015
Código do texto: T5123453
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