RETORNO

Sempre é possível voltar

Quando os espinhos não compensam as flores

Ou a alegria é recheada de dores

E a verdade adormece passiva

Sempre é passível voltar

Quando as lágrimas ofuscam as cores

E o brilho seca-se em dessabores

Mantendo a mágoa cativa

Sempre é preciso voltar

Até quando o amor é mais forte

Vemos-nos sozinhos, sem norte

Vagando entre angústias, à deriva.