Fotografia © Ana Ferreira
 



 
 SERENATA DE AMOR

O dia inteiro o poeta esperou,

Indiferente ao sol e ao calor,
Quando a noite, enfim, chegou,
Aproximou-se da casa do seu amor.
 
Emocionado, chamou o nome dela,
Alguns suaves acordes soaram no ar,
Sorriu quando ela apareceu à janela,
Versos que escrevera começou a cantar:
 
"Lá ao longe o sol já repousa,
Foi dormir, deixou que o luar
E as estrelas acordassem,
E o teu rosto viessem beijar.

 
Fosse minha, fosse minha esta lua,
Nela escreveria uma canção,

Sendo minha, seria também tua,
Como teu é o meu coração. 
 
Não sei onde me levam os caminhos,
Sei que apenas um me leva a ti.
O amor que sinto
é feito de carinhos,
Cuida de mim, amor, cuida de mim!

Não fiques triste por este que já parte,
Levo teu sorriso que me dá alento,  
Quando a lua voltar virei cantar-te,
Os versos d´amor que guardo cá dentro.
 
Já vem chegando a madrugada,
Foram tantas as horas que não te vi,
Ouve, amor, minh’ alma desesperada,

Diz que sim, amor, diz que sim."
  
Os versos da canção, a linda melodia,
No coração dela fizeram morada.
E quando a noite se foi e rompeu o dia,

O poeta recebeu os beijos da amada. 


© Ana Flor do Lácio
 
 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 26/01/2015
Reeditado em 07/02/2016
Código do texto: T5115381
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