MÃOS DA COVARDIA.

Em teus olhos de mel,

Fizeram brotar as lágrimas,

E da tua boca pequena,

Foram trocados os murmúrios por um forte lamento,

No coração o maior dos ferimentos,

Um trauma, o sofrimento.

É o medo que escapa da alma e jorra em seus olhos,

Como se lágrimas fossem.

Em sua garganta, calou-se um grito de socorro,

Que escapa agora por seu olhar,

Foi um anúncio que não conteve o elevar das mãos,

E assim, a lágrima desce...

O sol se Poe e o dia anoitece.

É um sofrer que não tem fim,

Uma mão que não tem dó,

São vidas que ao invés de unidas por elos,

São ponteadas a nó.

São vides sem frutos,

Ramos lenhado por “Brutus”,

Decisões tomadas em surtos,

Que de saudáveis nada tem,

São tuas lágrimas que caem,

Toda vez que essas mãos ao seu encontro vem.

Gomes