O fim

Mornos ventos de silêncio,

Tragam as nuvens negras

A empregar a mim o escárnio,

No improvido amanhã;

Deguste esse amargo sabor,

Alimento d'alma desgastada

Pois não conheces o rancor

De qualquer outra alma;

Consagrados os egoístas,

Não atirados ao inferno frio

Pois se importar com outro,

É a passagem direta ao breu;

Ventos frios silenciosos,

Traga a barca do final,

Pois sou tolo e acreditei

Que amor seria remédio afinal.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 15/12/2014
Código do texto: T5070727
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