Tardes de inverno.

Nestas frias tardes de inverno

Admiráveis, vazias, longas e frias.

Ponho-me a contemplar o oceano.

Ondas esparramando-se nas areias.

Compõem belas canções permanentes.

Distantes plateias uníssonas, aquietadas.

Rochedos em rebeliões inflamam-se

Sussurrando em parcerias baladas.

Na finada tarde que se esvai em vão.

Meus olhos ofuscados e entorpecidos.

Buscam no céu melancólico e cinzento.

Razões dos extraordinários momentos.

Nilópolis, 29/12/2014.