Prisioneiro do paraíso

A manhã escura se anuncia,

Os dias já não voltariam mais,

Buscando o que iluminaria,

Pois fugira, para voltar, jamais.

Por Luz pálida qualquer, suplica,

Sentidos feridos, coração partido,

As cartas de uma mente fria

D'um ex-prisioneiro do paraíso,

Do não enaltecido, sonho consumido

De herege tão desvanecido,

Urrando por falácia dos escolhidos,

Pela terra dos anjos não o importar

Apenas, prisioneiro do paraíso,

Aqui embaixo tudo foi prometido,

E ele foge pelos excluídos,

Preparado para os seus suplícios

Não canta, não dança, rima ou chora,

Pois um mundo não o merece ouvir,

Fadado a seu austero tumulo juvenil,

Por vassalas de seu próprio egoísmo.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 17/11/2014
Código do texto: T5037937
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.