Minhas palavras
Palavras, eternas palavras que dizem e dizem...
O que dize tu, agora, palavra minha?
O que queres tu, expressar, quando me obrigas a escrever com tanta vontade e sem ao menos saber de onde vens e de que me serve essa necessidade?
Não conheço sequer a origem de tua face. Tens uma face, o que há de concreto em ti?
Eu não sei...
A palavra é um gesto de incompreensão que luta para ser compreendido. Luta pelo significado, para expressar os signos desconhecidos: os do coração, os da alma.
Minhas palavras... São para ti. Quem é ti? Aquele ou aquela de que sinto necessário em mim. O ti, é a peça do meu quebra cabeça. Existem tantas e tantas peças que, as palavras se multiplicam em incontáveis. O ti de mim e o ti de ti.
A palavra, aquela que te faz ser exaltada e aquela que te faz ser desprezada. Aquela que te ama e aquela que te julgas com maldades.
Minha palavra de honra: palavras pensadas. Palavras que não maltratam, palavras que aconselham, que ensinam, que diz a verdade, que amam.
Dize tu, palavra minha, o que queres de mim?
Eu?
O que quero de ti: entender-me, completar-me, encontrar-me... E também quero de ti: o livramento de mim mesma. Doar-me um pouco ao outro. esvaziar-me.
Quero de ti, o TI.