Manga rosa
Da janela da sala, meu triste olhar
Folhas amareladas vão se desgarrando
Jaz sem vida minha pobre mangueira
Em vã teimosia ao chão vão se debatendo
Cada rajada de vento forte,
Implacável, aos montes ele carrega
Tristes folhas, antes viçosas
Desmaiadas, é hora de entrega
Manga rosa de gosto alegre
Encantava-se quem dela degustasse
Ofertava com grande garbo
Quem dela se aproximasse
O matizado tapete de folhas mortas
Que se formou sem qualquer recado
A solidão de outubro trouxe um lamento
Um pouco de vida de nos foi tirado.