O despertar
Morri todos os dias
Enquanto fazia o restante do caminho.
Andei por sobre pedras,
Sol à pino,
Enquanto sufocava
A ausência do que
Ousei chamar razão de viver.
Dias, noites, seguindo adiante
Sem me ver.
Foi quando adormeci
No recanto à beira
Da longa estrada...
Acordei e me perdi
Do que havia restado de mim mesma.
Era o vazio e eu,
Um poço com toda a água do mundo.
Enxarcada de dores
Que me queimavam a alma,
Deixei o chão.
Segurei suas mãos
E aprendi nesse gesto simples
Que o amor é calmaria,
Leveza que enleva
E resgata a alegria de viver.