O despertar

Morri todos os dias

Enquanto fazia o restante do caminho.

Andei por sobre pedras,

Sol à pino,

Enquanto sufocava

A ausência do que

Ousei chamar razão de viver.

Dias, noites, seguindo adiante

Sem me ver.

Foi quando adormeci

No recanto à beira

Da longa estrada...

Acordei e me perdi

Do que havia restado de mim mesma.

Era o vazio e eu,

Um poço com toda a água do mundo.

Enxarcada de dores

Que me queimavam a alma,

Deixei o chão.

Segurei suas mãos

E aprendi nesse gesto simples

Que o amor é calmaria,

Leveza que enleva

E resgata a alegria de viver.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 09/10/2014
Código do texto: T4993452
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.