Antídoto poético
Ame nas três estações
envolvendo seus sonhos e atitudes
se embalando aos sons de todas as canções
Ria de ti mesmo
ainda que a dor te prive
os lábios e te queira a esmo
Abrace aos que te permitem
dê um olé no vazio
que braços cruzados emitem
Afague quando der e com desvelo
a pele pálida, carente...
às vezes rostos, tão sulcados e sem zelo
Aponte caminhos aos sem destinos
quiçá lá esteja o ensejo
de tais peregrinos
Não afronte com olhar e ou atitudes
apenas escute e interprete
o nível ou desnível das suas vicissitudes
Acalente ao som da poesia
os corações tensos e impiedosos,
embora eles vejam apenas como analogia
Não te quietes diante das velhas emoções
pois nos labirintos da poesia há antídoto
pr’aliviar os insanos e adendo aos incólumes, as porções...