Antídoto poético

Ame nas três estações

envolvendo seus sonhos e atitudes

se embalando aos sons de todas as canções

Ria de ti mesmo

ainda que a dor te prive

os lábios e te queira a esmo

Abrace aos que te permitem

dê um olé no vazio

que braços cruzados emitem

Afague quando der e com desvelo

a pele pálida, carente...

às vezes rostos, tão sulcados e sem zelo

Aponte caminhos aos sem destinos

quiçá lá esteja o ensejo

de tais peregrinos

Não afronte com olhar e ou atitudes

apenas escute e interprete

o nível ou desnível das suas vicissitudes

Acalente ao som da poesia

os corações tensos e impiedosos,

embora eles vejam apenas como analogia

Não te quietes diante das velhas emoções

pois nos labirintos da poesia há antídoto

pr’aliviar os insanos e adendo aos incólumes, as porções...

Eliete Macêdo
Enviado por Eliete Macêdo em 20/09/2014
Código do texto: T4969797
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