Onde moro

Moro onde as ruas são cheias de lixo e entulho,

Cachorros, cavalos, ratos e baratas correm pela rua afora.

Pessoas defecam e dormem a beira de muros,

Muitos mendigam, uns brigam e outros usam drogas.

Moro onde as pessoas são de outras regiões, diferentes em sotaque.

Muitos bebem, xingam e se ferem,

Outros usam maconha, cocaína e crack.

Moro onde a policia é legado de abrupto...

Quem deveria ditar as leis, é corrupto.

Terra de pouca lei, sem ideologias, democracia e críticos,

No centro da corrupção a pior milícia, uma legião de políticos...

Moro onde o hospital público não tem médicos,

Cirurgias são feitas tenebrosas por enfermeiros técnicos.

No meio de humilhação, o pobre, a população de lágrimas o rosto enxagua,

Além de leitos sujos, ainda há escassez: escassez de água.

Moro onde assaltos e crimes ocorrem com frequência,

Também no palácio d’alvorada...

No quintal da presidência,

E a presidente não faz nada.

Moro onde o absurdo desperta com o raia do dia,

Prostitutas já estão nas ruas

Desta singela cidade chamada Brasília...

Fernando Mendonça
Enviado por Fernando Mendonça em 31/08/2014
Código do texto: T4944079
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