O ABISMO DA GUERRA NO MUNDO

Oh, minha alma que corres entre a chuva

Gasta dos pensamentos fantasiosos,

Parece que não encontras o caminho

Para a vida de sorte tão deserta...

Só vês tristeza neste mundo atroz

De guerras e mais guerras desumanas,

Onde as crianças morrem pela fome

Das dores que somente a morte cura.

Os corpos já cansados de lutar

Contra a maré de fogo matador,

Caem no chão agreste desta vida

Tão repleta de mentes assassinas!

O abismo está na terra sepultado

Juntamente com a gente amordaçada,

E as flores crescem como uma esperança

Que sobrevive aos tempos tão cruéis.

Os homens rudes mentem de contentes

Rostos e humilham outros desgraçados,

Que só por não quererem mais miséria

São assim em tortura condenados.

Entre balas perdidas e canhões

As estradas estão tão bem cercadas,

Parece que não há fuga possível

E a morte assim se torna inevitável.

No ar o cheiro de pólvora constante

Denota a destruição de forma forte,

E as árvores caídas mostram tudo

O quanto custa a negra mortandade;

E as pedras destroçadas têm as marcas

Do sangue derramado pelas vítimas,

Que ao fugirem da guerra foram mortas

Sem existir qualquer contemplação.

O poder tão insano em ditadura

Está presente como um deus de guerra

Poderoso em tamanha crueldade,

Que mata a paz da gente censurada.

Pois nesta terra não há vil pecado,

Tudo parece ser tão permitido

No reino da perfeita impunidade,

E em um mundo à maneira do diabo.

As trevas que circundam este mundo,

Dominam como querem que ele seja,

Um lugar tão isento de piedade,

Onde haja só desgraças e clamores!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 26/08/2014
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