VAGANDO
Passam horas, passam dias,
e essa distância me inquieta,
vive imersa em agonia
a minh'alma de poeta.
Caminho no mundo sozinho,
tropeçando em muitas pedras,
terreno cheio de espinhos,
a boa semente não medra.
Horizonte tão distante...
Meu corpo se abate cansado,
já não sou o que era antes,
quando amava e era amado.
Onda vai a onda vem,
o tempo depressa se escoa,
no mundo não tenho ninguém,
por isso eu ando à toa.
. . .
Vago sem rumo ou destino
por onde me levam os passos
Até esqueço o cansaço
perco o caminho, o tino.
Navego por este mar...
Onde a onda me levar.
Não tenho medo ou razão
mas vou pisando este chão
esmagando os meus sonhos
ideais mortos, tristonhos.
Já nem sei quem mesmo sou...
Por quais caminhos procuro.
Mas sei que a busca é inútil
posto que vago no escuro...
Sou alma jogada ao vento
através do pensamento!
por onde me levam os passos
Até esqueço o cansaço
perco o caminho, o tino.
Navego por este mar...
Onde a onda me levar.
Não tenho medo ou razão
mas vou pisando este chão
esmagando os meus sonhos
ideais mortos, tristonhos.
Já nem sei quem mesmo sou...
Por quais caminhos procuro.
Mas sei que a busca é inútil
posto que vago no escuro...
Sou alma jogada ao vento
através do pensamento!