Esperança no ar

Dor enclausurada na alma

Cada instante que consome

Nada dizem palavras vazias

Por vezes deixando remansado

Quem escreve a dor d’alma

Falando a dor de quem sente

Finge a dor que escreve

Quando a dor é a que sente.

Mascarando claro disfarce

O poeta segue escrevendo

Falando das dores sentidas

Por vezes alegrias fingidas.

Difícil compreender a alma

Poder sentir e imaginar

Mesmo sem idéias acreditar

Que há esperança no ar