TRAVESSIA
Em vão percorro densidades,
Transverso a realidade,
Embato com eus interiores,
Profetizo dias melhores.
Em vão visto a alma de sonhos,
Insisto com o amor, ponho,
Um pouco de vivacidade no olhar,
Me atrevo, escrevo algumas poesias,
Lanço uma a uma no sopro da ventania,
Deixo a doce ilusão me acariciar.
Em vão tento me mirar,
Na resistência de um cacto,
Suportar as rasuras do meu retrato,
Suportar as rupturas calado.
Em vão me vejo no voejo de um grou,
Intrépido na enigmática imensidade,
Senhor absoluto da liberdade.
Mas, um mero homem é o que sou,
Homem no seu imperfeito estado,
Cercado por temores, dores,
Um homem perdido, limitado,
Submisso ao tempo, à sua soberania,
Tentando me encontrar pelas marginais,
Me perdendo infinitamente mais...
Em vão percorro densidades,
Transverso a realidade,
Embato com eus interiores,
Profetizo dias melhores.
Em vão visto a alma de sonhos,
Insisto com o amor, ponho,
Um pouco de vivacidade no olhar,
Me atrevo, escrevo algumas poesias,
Lanço uma a uma no sopro da ventania,
Deixo a doce ilusão me acariciar.
Em vão tento me mirar,
Na resistência de um cacto,
Suportar as rasuras do meu retrato,
Suportar as rupturas calado.
Em vão me vejo no voejo de um grou,
Intrépido na enigmática imensidade,
Senhor absoluto da liberdade.
Mas, um mero homem é o que sou,
Homem no seu imperfeito estado,
Cercado por temores, dores,
Um homem perdido, limitado,
Submisso ao tempo, à sua soberania,
Tentando me encontrar pelas marginais,
Me perdendo infinitamente mais...