Poesia Envenenada VIII (Nunca para sempre)

"Para sempre", o veneno que deste,

A falácia, mais terrível exaustão,

O prêmio ao ter entendido, solidão,

Que de minhas mazelas, soubeste.

Flor mórbida plantara num deserto,

Lampejo de esperança já falida

Brilhando como o alvorecer

Aos olhos de uma alma caída.

"Para sempre", promessa partida,

Ilusão trazida à exatidão,

Mais um tolo buscando perfeição,

Sonhando o motivo para vida.

Para sempre, nunca será,

Para sempre nunca foi,

O sonho perdido, Para sempre

Nem às estrelas pertence.