A JANELA
A janela da minha vida,
Permanece, sempre aberta
Para que o barulho da rua,
O vento que faz a curva
Naquela mesma, antiga esquina,
Entrem, invadam a minha casa
Vistoriando a esperança, que guardo, ainda!
Pela minha janela, o tempo passou...
A cortina, a saudade ,manchou..
A vidraça colorida, a solidão, desbotou...
Mas, a lâmpada da espera, não se apagou!
Algum dia algum, hás de voltar...
E, por mais estrago
Que a tua ausência, tenha causado
A luz, permanecerá acesa
Em sinal de que, estou com certeza
Sempre a tua espera,
Aqui... na mesma, antiga janela...
( Comarca de Bananeiras, dezembro, 1973)