DE HORA EM HORA

Horas que passam...
Nas entrelinhas da vida,
Algumas resplandecidas,
Algumas esmaecidas.

Horas que esperançam,
Proporcionam alento,
Lampejos de contentamento,
Leveza de um filamento.

Horas que dançam,
Nas incertezas da travessia,
Diferentes melodias,
No quadro a quadro dos dias.

Horas que traçam,
Traços penetrantes,
No semblante e na alma errante,
Limitam o mar do navegante.

Horas que entrelaçam,
Mostram a cada sol, a cada vapor,
Que a vida é um favor,
Uma dádiva do enigmático Criador.


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COISAS DA VIDA
 (Corrente de Ecosys)

 Tantos relógios marcando,
marcando o tempo e a hora,
hora que passa, vai embora,
embora não deixa nem rastos.

 Rastos das minhas pisadas,
pisadas por tantas estradas,
estradas cheias de espinhos,
espinhos na pele marcada.

 Marcada por dores, feridas,
feridas... Eu sei é a vida,
vida que passa, machuca,
machuca pois tem força bruta.

 Bruta, às vezes carinhosa,
carinhosa qual flor, uma rosa,
rosa cheia de perfume,
perfume me faz suspirar.

 Suspirar por ti que se foi,
foi-se pra onde, eu não sei,
sei apenas que te amei,
amei-te em eterno sonhar.

(HLuna)